terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


E se não passar?


- Caralho, que fissura de viajar.

- Sério?

- É. Se pudesse escolher, ia ver o mar.

- E por quê não vai?

- Eu moro longe demais do mar, puta que pariu.

- É verdade.

- Acho que vou acampar por aqui.

- Que legal.

- No final da história, o que me interessa é me sentir o mais vagabundo possível num lugar lindo. Só eu. No máximo uma bunitona ou uns dois brothers. Ficar descalço, de bobeira, sem hora pra almoçar, conversando merda, chapando, fazendo fogueira à noite, vendo a lua. É bom demais bicho...

- Você é hippie?

- Porra nenhuma. Eu nem gosto de hippie.

- Aposto que é maconheiro.

- Eventualmente.

- Sei.

- É sério.

- Quantos anos você tem?

- Faz diferença?

- Sei lá. Queria saber se com o tempo isso passa.

2 comentários:

  1. Rá!!!
    Porque será que existem algumas pessoas que simpliesmente não aceitam que bancar o porra-louca também é saudável (aliás, muito mais saudável que a hipocrisia de se manter aparentemente correto politicamente...)

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  2. Rá... como é engraçado ainda ter gente que acredita que deixar as formalidades de lado e bancar o porra-louca pode ser mais irresponsável do que tentar ardentemente manter a pose hipócrita de politicamente correto enquanto seus neurônios fritam querendo bancar o porra-louca...
    Reprimir-se pode levar à loucura!!! Ser louco eventualmente é evitar repressões... ahuhuahuahua

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