terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Peitos, sinapses e o jeito que passei a te ver

Ainda continuo interessado em você. Agora, de um jeito diferente. Lembra que no começo te achei charmosa? Continuo achando. Lembra que fiquei vendo seus seios apertados pelo decote? Continuo gostando deles. Mas desde aquele dia em que passamos a tarde inteira conversando no MSN, comecei a me interessar pelo que você diz, pelo que você pensa. Eu costumo me decepcionar quando as coisas se aprofundam muito além do decote. Mas a conversa foi leve, duradoura.


A gente ficou a tarde inteira revelando nossas preferências. Acho que as minhas não te incomodaram e, o mais importante, as suas não incomodaram também. Tem gente que acha que sou exigente, como se isso fosse uma virtude. Na verdade, eu sou chato. A gente até ensaiou passar um feriado juntos, com os filhos, acampando. Essas conversas virtuais me deixam mais a vontade. Me saio melhor nelas. No mesmo dia, a gente acabou se encontrando na casa de uma amiga comum. Quase não nos falamos. Tenho muito medo da rejeição e sempre acho que posso vê-la nos olhos das pessoas. Você até me deixou falando sozinho, como se meu assunto não te interessasse. Depois percebi que meu assunto não interessava nem a você, nem a ninguém que estava na roda. Foi um alívio.


Na hora de ir embora, eu te dei um beijo no rosto. Eu sou tão ingênuo, que esse beijo de despedida teve um significado pra mim. Na verdade, foi algo do tipo: o que significa ela deixar eu beijar o rosto assim? Me dá vontade de rir de mim, o super-bundão.

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