terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Pocket psicology

Não entendo nada de psicologia. A única vez que fui a uma psicóloga foi pra me certificar de que eu era maníaco depressivo. Ela me disse que não. Eu garanti que sim. Ela insistiu que não. Eu nunca mais voltei lá. Acabei concluindo que não era maníaco depressivo e que psicólogos não sabem nada.

Acontece que a gente acaba esbarrando nos conceitos da psicologia. Recalque. Trauma. Projeção. De todos os conceitos, o que mais respeito é esse último. Quando a gente tem filho, projeção é uma coisa presente na rotina. A gente projeta valores morais, frustrações, anseios, ansiedade. A gente é uma bomba prestes a explodir.

No fundo, filho é um jeito eficiente de descobrir que você tem um monte de problemas psicológicos pra resolver. A gente não quer que nossos filhos sejam uns bostas como nos sentimos, como nossos vizinhos, colegas de trabalho e etc. Não sei como resolver problemas sentimentais, mas quero que meu filho saiba. Não tenho paciência no trânsito, mas quero que meu filho tenha. Quase nunca estou no lugar em que quero estar, mas queria que meu filho se sentisse em casa, em qualquer lugar que estivesse. Acontece que eu não sei como fazer isso.

Onde será que larguei o cartão daquela psicóloga?

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